quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Haja coração!

A Escola de Samba Mocidade Alegre é heptacampeã de São Paulo

“Da Chama da Razão ao Palco das Emoções... Sou Maquina, Sou Vida... Sou Coração Pulsando Forte na Avenida!”

Na cadência ritmada do samba a Mocidade Alegre este ano trouxe, sob a luz do carnaval, a força mística deste que carrega consigo a magia do dom de viver: o coração!Com este enredo, Sidnei França, diretor de carnaval da escola desde 2004, conseguiu fazer com que todos os integrantes da Mocidade Alegre e o publico se emocionasse.
Para os egípcios, o coração que bate no peito de cada ser era representado por um sol. Era a “chama da razão” que radiava energia interior e iluminava o raciocínio.
Ou seja, o coração era o centro da inteligência e da razão, e por isso o poder da luz solar se fazia presente em cada ser, proporcionando lucidez e sabedoria.
Na eterna busca pelo equilíbrio entre o corpo e a alma este órgão simboliza a conquista da vida saudável. E por falar em saúde, as descobertas científicas foram muitas na busca pelo bem-estar e qualidade de vida, comenta Sidnei França.
Aos 42 anos de vida a Escola de Samba Mocidade Alegre se consagra como heptacampeã do carnaval paulistano (1971, 72, 73, 80, 2004, 2007 e 2009).

“São Paulo e seus carnavais”
Em 1971, com o enredo “São Paulo e seus carnavais” a Mocidade Alegre conquistava seu primeiro título de campeã do primeiro grupo (hoje Grupo Especial). O feito se repetiu nos dois anos seguintes (72 e 73), conquistado o tri-campeonato. O quarto título foi em 1980, e o quinto título em 2004 com o enredo "Do Além-mar à Terra da Garoa, Salve Esta Terra Boa", em homenagem aos 450 anos de São Paulo (como em 1971). Neste enredo, a Mocidade lembrou os imigrantes que vieram para a cidade.
Em 2004 a Mocidade Alegre foi eleita à campeã do Carnaval, com 200 pontos no total (nota máxima), à frente apenas meio ponto da X-9 Paulistana e do Império de Casa Verde, que conquistaram 199,5 pontos cada.
Mocidade Alegre inova com alas coreografadasO Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Mocidade Alegre foi criado no final da década de 40 pelos irmãos Carlos, Salvador e Juarez da Cruz, que tinham saído da cidade de Campos, no Rio de Janeiro.
Nos anos 50, desfilava como bloco com o estranho nome de "Blocos das Primeiras Mariposas Recuperadas do Bom Retiro", o curioso - somente os homens que desfilavam, as mulheres ficavam de fora.
Na década de 60, os fundadores mudaram o nome do bloco para Mocidade Alegre, em homenagem ao Bloco Carnavalesco Mocidade Louca, de Campos. Em 1963, as mulheres passaram a participar das apresentações.
Em 24 de setembro de 1967 se transformaria no Grêmio Recreativo Mocidade Alegre, e Juarez da Cruz, foi eleito o primeiro presidente.
As cores oficiais são o verde, o vermelho e branco.
A Mocidade foi a primeira escola paulistana a introduzir destaques sobre os carros alegóricos, adereços de mão e alas coreografadas. A escola também teve a honra de ser a 1º Escola de Samba a ser convidada pelo Ministério da Cultura a representar a Cultura da Raiz Paulistana na Europa.
Ainda hoje, a escola é comandada pela Família Cruz. Solange Cruz Bichara é a atual presidente. Um show à parte fica por conta da bateria nota 10 do Mestre Sombra e da rainha da bateria Nani Moreira.
“A Vitória vem da Luta... A Luta vem da Força... E a Força... da União”! Diz Solange Bichara.

Também conhecida como “A Morada do Samba”, a Escola de Samba da Mocidade Alegre fica na Avenida Casa Verde, 3498 no Bairro do Limão.
Se você quiser “cair no samba”, os ensaios são: as quartas e sextas-feiras, a partir das 19h30 e aos domingos, a partir das 17h30.

Wanderlei de Oliveira

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

"Quem não gosta de samba, bom sujeito não é, é ruim da cabeça ou doente do pé"

Assim dizia o poeta Dorival Caymmi, autor da canção "Samba da minha terra": - "Quem não gosta de Samba, bom sujeito não é, é ruim da cabeça ou doente do pé".
Esta música e letra marcou o início da carreira de Dorival Caymmi, e foi lançada pelo Bando da Lua em sua visita ao Brasil em 1940. "O Samba de Minha Terra" foi regravado por João Gilberto em seu elepê de 1961. E apresentado ao vivo no Carnegui Hall, em Nova Iorque no ano de 1964.

Saber sambar é uma arte e um esporte

O meu pai Olavo de Oliveira, um apaixonado pelo futebol e também pelo samba, foi o fundador da Escola de Samba Almirante nos anos 50. A escola era formada por jovens moradores do Bairro da Móoca, todos esportistas.
Dele herdei essas duas paixões, o esporte e a música. Comecei como passista em várias escolas, até ser convidado pelo “Pé Rachado”, fundador e presidente da Barroca da Zona Sul (que também era amigo do meu pai), para desfilar em sua escola. E lá fui eu, dos 14 aos 17 anos, até ser convidado pelo presidente da Imperador do Ipiranga, Laerte Toporcov e pela carnavalesca Maria Aparecida Urbano, para aprender a arte de “mestre-sala”. Aos dezoito anos, estreava como mestre-sala. Dessa época, guardo o carinho e respeito que as pessoas da escola tem por essa figura do “mestre-sala” e da “porta-bandeira”. São eles que carregam na avenida a bandeira da escola: - com galhardia, enaltecendo as raízes da cultura de um povo, assim como um “beija-flor” que antes de colher o néctar, circunda por várias vezes a flor, como que a pedir licença para se deleitar de prazer com o seu mel.
Os anos se passaram e o estandarte segue em frente.

Origem do Carnaval

O Carnaval teve sua origem na Itália, através de uma manifestação popular antes da era cristã, conhecida com o nome de Saturnálias. As Saturnálias eram festas em homenagem a Saturno, deus greco-romano da agricultura e do tempo. Outras divindades da mitologia greco-romana, como Baco, o rei do Vinho e Momo, rei grego da Sátira e do Riso, também dividiam as honras nos festejos.
Já o Carnaval brasileiro, famoso no mundo inteiro, é originário do entrudo português, um conjunto de brincadeiras de rua em que as pessoas atiram água, farinha, ovos podres e fuligem umas nas outras. Trazido para o Brasil no século 17, o entrudo sofreu influência dos carnavais de países europeus, como a Itália e a França. Foi quando as máscaras, as fantasias e personagens, como o Pierrô, a Colombina e o Rei Momo, entraram para a festa brasileira.

Wanderlei de Oliveira

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

"As suas marcas"

São Paulo (SP) – Prontos! Está era a voz de comando do árbitro de partida, Oswaldo Valdemir Pizani, proferida por mais de quatro décadas nas pistas de atletismo do Brasil, sem alto falante ou microfone.
Sr. Pizani como é conhecido no meio esportivo, ainda hoje aos 92 anos, é visto nas pistas a conferir se tudo esta certo para mais um espetáculo do esporte mais antigo do mundo.
Um de seus discípulos foi Ivo de Pádua Sallowicz, que nos anos 30 e 40, encantou o mundo do atletismo com os seus feitos extraordinários na distância clássica dos 100 metros rasos, quando em 1933, igualara a marca de 10seg03 (que era o recorde do mundo na ocasião). Ivo, por vários anos, foi o árbitro de partida nas principais competições nacionais e, também trabalhou na Federação Paulista de Atletismo com o estatístico José Clemente Gonçalves (já falecido).

Um pouco da história do complexo esportivo

Foi dada a largada para a construção da nova pista de atletismo do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães. O famoso Ginásio do Ibirapuera foi inaugurado em 1957; idealizado pelo atleta e arquiteto Ícaro de Castro Mello (que empresta seu nome ao estádio de atletismo), que tem a capacidade para treze mil pessoas. O Conjunto Aquático Caio Pompeu de Toledo é composto por uma piscina olímpica, tanque de saltos e quatro piscinas para aprendizado, com capacidade para cinco mil espectadores; o Ginásio Poliesportivo Mauro Pinheiro para três mil pessoas e, o Palácio do Judô com capacidade para quinhentas pessoas.
Em 1974, o então governador do Estado de São Paulo, Laudo Natel, inaugurou a pista de atletismo do complexo esportivo. Tivemos o privilégio de estreiá-la, no ano em que foi criada a primeira equipe de atletismo do Ibirapuera, comandada pelos professores Manoel Antônio de Toledo Pires (meu técnico dos 12 aos 18 anos), Nelson Gil de Oliveira (hoje coordenador de esportes), Massao Tateishi (atua como árbitro da Federação Paulista de Atletismo) e pelo ex-atleta Henrique Marek Simon (assessor da coordenadoria de esportes), todos, ainda hoje ligados a Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo do Governo do Estado de São Paulo.
Atualmente na direção do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães esta Eduardo Anastasi e o secretário de esporte do Governo do Estado é Claury Santos Alves da Silva (bacharel em direito, foi vereador e prefeito da cidade de Ourinhos, deputado estadual, vice-lider do Governo e presidente da comissão de fiscalização e controle na Assembléia Legislativa).

Centro de excelência de atletismo

A pista antiga foi construída em 2003 em parceira com a BM&F – Bolsa de Mercadorias e Futuros nas exigências da IAAF – Associação Internacional das Federações de Atletismo com certificado classe 1 que impõe uma série de padrões de qualidade para poder organizar competições internacionais de alto nível.
O material utilizado foi o “sportflex super x performance”, o mesmo das pistas dos estádios olímpicos de Barcelona, Atlanta, Sydney e Pequim. São mantas pré-fabricadas de borracha natural que proporcionam resistência e durabilidade.
A grande novidade na época foram as pistas laterais de aquecimento e a rampa com elevação e descida utilizada pelos velocistas.

Wanderlei de Oliveira

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Bolt vence 400 metros na Jamaica

Bolt conquista primeira vitória do ano nos 400 metros.
O campeão olímpico dos 100 metros e dos 200 metros Usain Bolt conquistou no sábado, dia 14, a sua primeira vitória na temporada, com o triunfo nos 400 metros do Camperdown Classic na Jamaica, em 46s35. Correndo na raia cinco, ele teve uma largada lenta, mas aos poucos foi passando os adversários.
Nos últimos 150 metros, Bolt disparou para cruzar a linha de chegado no Estádio Nacional Leste. "Nós sempre encontramos dureza nos 400 metros", disse o técnico do jamaicano, Glen Mills. "Eu estou satisfeito com o tempo dele", completou. O melhor tempo nos 400 do corredor de 22 anos é de 45s28.

Federação Paulista de Atletismo

Foto crédito: Sporting Eagle

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Menos gorduras. Mais saúde!

Ficou com medo ao receber o resultado de seu exame de sangue? Continue assim que você já sabe onde irá parar “muito em breve”, antes disso – vai aí uma cervejinha bem gelada e uma picanha suculenta mal passada? Ou um quibe encharcado no óleo?

O colesterol é um tipo de gordura presente no organismo do ser humano.
Quando você consome muito colesterol, ele pode se depositar nas paredes das artérias e formar placas de gordura, diminuindo o fluxo de sangue, podendo entupir a artéria. Se a artéria entupida for uma coronária (no coração), ocorre um enfarte. Se for no cérebro um AVC (acidente vascular cerebral ou derrame). É isso que você quer? Imagine a dor de cabeça para os seus familiares, cuidar de um peso morto.

Conheça as siglas que aparecem nos exames:
LDL – low density lipoprotein (lipoproteína de baixa densidade)
VLDL – very low density lipoproteína (lipoproteína de baixíssima densidade) Estas frações de baixa densidade são conhecidas como “colesterol ruim”, que transportam o colesterol mais lentamente, e acabam deixando resíduos de colesterol na parede das artérias.
HDL – high density lipoprotein (lipoproteína de alta densidade). É a fração protetora chamada de “bom colesterol”. O HDL ajuda na limpeza das artérias, levando os resíduos de colesterol depositado nas artérias para o fígado, onde são processados. Colesterol total – é a soma de todas as frações.

Está na hora de mudar de vida. Só depende de você.
Comece a correr para queimar as gordurinhas.


Siga estas recomendações e seja mais saudável.
Evite alimentos ricos em gordura saturada, como: carnes gordas, miúdos e vísceras, manteiga, creme de leite, leite, iogurte integral, frutos do mar, gema de ovo, lingüiça, presunto gordo, mortadela, salame, pele de frango e gordura visível das carnes, torresmo, banha, bacon, toucinho, requeijão, chocolate, queijos amarelos e gordos (parmesão, provolone, prato, brie, camembert, gouda)

Prefira leite e iogurte desnatados, queijos magros (requeijão, queijo branco ou minas, ricota), grelhados (peixe, carnes magras, frango, peru ou chester).

Use mais alimentos ricos em fibras, como verduras, legumes, frutas, cereais integrais (aveia, arroz, trigo, centeio, cevada), leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, soja, grão-de-bico). Cuidado com a gordura vegetal hidrogenada (presente na margarina, biscoitos, sorvetes, massa folhada, manteiga de amendoim).

Invista nos antioxidantes, presentes nas frutas e vegetais coloridos. Está comprovado que as vitaminas C e E protegem as artérias da oxidação dos depósitos de gordura.

Os triglicérides ou triglicerídios constituem um outro tipo de gordura que também pode provocar sérios danos cardiovasculares. A gordura da alimentação é absorvida sob forma de triglicérides. Sendo assim, para quem tem altas taxas dessa gordura no sangue, é imprescindível uma dieta pobre em alimentos gordurosos.

Porém, o excesso de álcool e carboidratos refinados (açúcar, doces, geleias, mel, refrigerantes, farinha branca, pão branco) pode se transformar em triglicérides.

O ideal é consumir muitas fibras, investir nos alimentos antioxidantes, carboidratos complexos (pães integrais, arroz integral, aveia), peixe. A gordura do peixe tem mostrado ótimos resultados no combate aos índices elevados de triglicérides.

“Seja feliz e saudável enquanto estiver vivo, pois você vai passar muito tempo morto”

Wanderlei de Oliveira
Fonte de consulta: Nutrição e bem-estar de Márcia Daskal Hirschbruch e Sônia de Castilho – Editora CMS

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A Vida é passageira, ligeira.

Viva Zen, reflexões sobre o instante e o caminho (Publifolha 2004) é o primeiro livro da Monja Coen. Viver zen ensina a mestra, “não é só ficar bem”. É um modo de começar a mudar, de recontar a história aproveitando cada instante. “Mudar o mundo ternamente requer viver zen”. Monja Coen Sensei é missionária oficial da tradição Soto Shu Zen-budismo, com sede no Japão, e é a Primaz-Fundadora da Comunidade Zen-budista, criada em 2001, com sede no Pacaembu, bairro de São Paulo.
Ofereço este texto extraído do livro Viva Zen a todos os esportistas.
“Um viajante solitário caminhava por entre as curvas de uma trilha nas montanhas quando ouviu um som estranho às suas costas. Virou-se. Um tigre feroz corria em sua direção. O viajante disparou numa corrida sem saber para onde ia. Parou em um precipício pensando que ali terminaria sua vida.
Oh! Graças. Havia um cipó. Pendurou-se no meio do abismo, escapando da boca do tigre. Logo notou que as mãos eram fracas e não suportariam por muito tempo o peso de seu corpo. Olhou para baixo: havia uma enorme cobra esticando a língua. Tentou encontrar apoio na rocha para se escorar. Havia quatro serpentes menores. Tremendo e assustado, olhou para cima: dois ratos, um branco e outro preto roíam o cipó no qual se prendia.
Tremia o viajante, tremia e tremia. Foi nesse instante que, de uma colméia a cerca de dois metros acima, caiu uma gota de mel em sua boca entreaberta. Esqueceu-se de tudo, do perigo, da morte. Ficou embriagado por uma gotinha de sorte:
Ah! Como é doce.
Esse é um conto budista da Índia antiga. Explica que o viajante é o ser humano. A trilha na montanha é a vida. Vamos caminhando despreocupados. No entanto, persegue-nos um tigre esfomeado.

O tigre é o carma, lei inexorável de causa e efeito, de ações, condições e resultados... O que nós fizemos, mesmo lá no passado, nos persegue e pode nos devorar...Não apenas cada um de nós, mas há o que se chama de carma coletivo.
Buda recomendava aos monges que meditassem para se livrar do apego aos sentidos. A vida é passageira, ligeira. Não percam tempo, despertem. Sem fugir do carma, consertem, que jeito ainda tem. Arrependam-se e acertem-se. Compreendendo, ouvindo e respeitando as pessoas. Cada um de nós tem de refazer o voto de ser todo o bem. Crie um tigre manso, brincalhão, que se joga no chão com as patas para cima pedindo apenas um afago “.

Wanderlei de Oliveira
Foto crédito: Adriana Marmo

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Mais leve, mais rápido!


Se você se sente como esses dois simpáticos personagens de Walt Disney, o Tico e o Teco, depois das festas de fim de ano, ano novo, é hora de tomar uma atitude e consultar uma nutricionista. Faça uma “análise de sua composição corporal”, não tenha medo do alicate. Lembre-se que a festa mais popular do Brasil esta chegando e o “Rei Momo” do Carnaval paulistano já foi escolhido.

ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO CORPORAL

O peso corporal está dividido em três componentes básicos: Massa magra: é representada pelos órgãos, ossos, músculos, água e tecidos. Peso de gordura corporal: está divida em:
- gordura essencial: importante para a manutenção de algumas funções vitais como a produção de hormônios, isolamento térmico e proteção dos órgãos internos;
- gordura armazenada: é responsável pela produção de energia e é estocada sob forma de tecido adiposo. É importante salientar que, uma quantidade excessiva dessa gordura é prejudicial à saúde, pois está relacionada ao aumento dos fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
Água corporal: é muito importante para o organismo, pois participa diretamente de quase todas as funções corporais, tais como: transporte de nutrientes, manutenção da temperatura corporal, eliminação das secreções, entre outras.
Segundo o American College of Sports Medicine, recomenda-se à manutenção de um nível mínimo de gordura chamada de "essencial". Lembre-se que quanto maior a sua porcentagem de gordura corporal, maiores serão suas chances de pertencer a um grupo de risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares e, também, articulares.

Acompanhamento de um especialista

Em geral, o primeiro passo é checar as noções básicas de nutrição. Após, com o auxílio de um programa de análise de dietas, é observado:
· Adequação das calorias recomendada para o indivíduo;
· Composição do Macronutrientes (carboidratos/proteínas e gorduras) e porcentagem de adequação do micronutrientes
· Distribuição percentual das calorias nas refeições, ou seja, qual é a maior refeição do dia e qual a menor.
É feito um levantamento de todas as sessões de treinos realizadas: modalidade, horários, duração, intensidade, e orientação da ingestão de alimentos dos diferentes grupos em função dos objetivos, e o diferencial da dieta será o TIME DE INGESTÃO. Quando comer o carboidrato a mais ou a menos, e adequação de proteína, que em geral os atletas de endurance acabam comendo pouco por achar que só deve ser enfatizada em quem objetiva ganho de massa com musculação.
Com isso será equilibrado as quantidades de carboidratos e proteínas com a referencia em gramas/quilo de peso e, ajustado de acordo com o objetivo, que sempre acaba sendo ganho de performance e perda de peso, e é onde a experiência do profissional faz a diferença, pois é um ajuste fino. Estes dois objetivos são antagônicos, quem quer melhorar performance deve aumentar ingestão e quem quer perder peso deve diminuir a ingestão.

Controle mensal

É pedido para que o paciente volte em um mês para observar a evolução da composição corporal e aderência à dieta, e daí de acordo com retornos, vão sendo acrescentados conceitos de condutas de véspera de competição, como repor treinos longos, como ganhar massa correndo, entre outros. De posse de todas as informações, o técnico poderá aprimorar e quantificar a qualidade do treino.

“Quanto mais leve o atleta estiver, mais rápido irá correr com menor gasto energético e menor sobrecarga para o coração”.

Wanderlei de Oliveira
Foto crédito: Fernanda Paradizo

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

A essência dos resultados

Muita coisa mudou nos últimos 30 anos no que diz respeito à tecnologia como auxílio ao treinamento e competições. Mas a essência dos resultados nas provas é baseada nos princípios naturais: - do treinamento diário com volumes de treino em locais que favoreçam o aumento da taxa de hemoglobina (glóbulos vermelhos) responsável pelo transporte de oxigênio e conseqüentemente maior energia e desempenho nas provas de longa duração; além do treino técnico em pista de atletismo para aprimorar a resistência a velocidade.
Quando um atleta apresenta péssimos resultados em competições é porque ele não realizou sua preparação de forma inteligente, organizada, planejada e de acordo com suas características.
Se você se enquadra neste perfil tem que redefinir melhor a sua estratégia na preparação com seu técnico.
Jamais, vá para uma prova de longa distância, sem estar devidamente autorizado pelo seu médico, ou mesmo, não tenha passado por exames anteriores.
Não corra o risco de ficar pelo caminho, ou mesmo chegar ao final – literalmente morto.

Wanderlei de Oliveira
Foto crédito: Adriana Marmo

domingo, 1 de fevereiro de 2009

O caminho das águas

Primeiro dia de fevereiro de 2009. Depois de correr à beira-mar no sábado no Litoral Paulista. Saio correndo de minha residência em direção ao Jardim Botânico, região Sul da cidade de São Paulo, onde se localiza a reserva de Mata Atlântica do Parque do Estado, que representa mais de 10% do total de áreas verdes da cidade.

Às 6 horas e 30 minutos entro na Alameda Fernando Costa recém inaugurada, um deck construído de madeira nativa. Percorro até a trilha de terra que batizei de “trilha dos bugios”, por ser o local preferido desses animais alegres e brincalhões. A trilha é circundada pela mata fechada do Jardim Botânico que me leva até a nascente do riacho do Ipiranga.

De lá é possível percorrer “o caminho das águas”, da nascente ao fluente. O Jardim Botânico de São Paulo completou 80 anos de existência. Foram 12 quilômetros em pleno contato com a natureza.

Se você ainda não conhece, vale um passeio ao Jardim Botânico na Avenida Miguel Stéfano, 3031 no bairro da Água Funda e fica aberto de terça a domingo, das 9 às 17 horas.

Como sou vizinho ao parque, tenho uma carteira de identidade de usuário que me permite correr das 6 às 9 horas da manhã.

Wanderlei de Oliveira
Foto crédito para Parque Cientec - USP