terça-feira, 29 de julho de 2008

"O objetivo, a prática, o entusiasmo conduzem à vitória”


Acompanho o belíssimo trabalho da Monja Coen há muitos anos. Cada encontro, um reencontro.
Parece que somos amigos de longas datas. No dia 13 de janeiro de 2008, a Patrícia Rodrigues Vismara o Nilton Maia e eu fomos até a Comunidade Zen Budista Zendo Brasil, ao lado do Estádio do Pacaembu, interessados em conhecer o Zazen.

Antes de iniciarmos a prática, um de seus discípulos pacientemente explicou a todos como proceder antes de entrar no Templo Tenzuizenji. As posições das mãos. Como entrar. Em qual dos lados da porta de acesso ao Templo entrar. Como andar. Onde sentar. Como sentar. Que roupa usar. Como respirar. E depois de tudo isso ficar quieto. Não que todos já estivessem falando. Entramos quietos e saímos calados. O Zazen é isso. Relaxar na postura sentada com as pernas cruzadas, de frente para a parede. Respirar pausadamente. Alinhar a postura. As mãos pousadas uma sobre a outra confortavelmente abaixo do umbigo, formando um círculo com os polegares. Esta é a posição do mudra cósmico. Vinte minutos em silêncio, fazendo uma contagem mental da respiração. Após, calmamente nos levantamos e iniciamos a “Caminha Zen”, criada pela Monja Coen. A cada passada uma respiração. Caminhamos em fila indiana, formando um círculo, até retornarmos ao ponto de partida. Mais dez minutos de Zazen. Isso é meditar.

Silenciosamente, a Monja Coen passa por nós e se senta à nossa frente. Observa cada um que está no Templo. Sorrindo, saúda a todos. No dia 14 de janeiro ela completou 25 anos que se tornou Monja. Em 1983 morava em Los Angeles, nos Estados Unidos. Ela esclareceu uma dúvida freqüente sobre o Zen. “Ser Zen não é estar à toa, sem fazer nada. Ser Zen é estar presente. Ativo. Participativo. “Compromissado”. Ela também comparou a prática do Zazen com o treinamento de um maratonista. “Exige disciplina diária, paciência, persistência. Quando vem o cansaço no quilômetro 30, temos que tirar uma força extra de dentro e seguir em frente. Até a linha de chegada. Ter um objetivo definido – é essa força que faz com que você não pare no meio do caminho. O objetivo, a prática, o entusiasmo conduzem à vitória.”

Prontos para irmos embora, sorridente como sempre, a Monja Coen nos chamou e nos ofereceu algumas mensagens escritas em japonês de bênção e proteção.
Disse também que se lembra de mim freqüentemente. Em 2006, a Patrícia, que tem como hobby artesanato em madeira e biscuit, me usou como modelo e fez uma lembrancinha oferecida aos amigos em meu aniversário. A Monja guardou. Quanta honra!

Wanderlei de Oliveira

quinta-feira, 24 de julho de 2008

A Vida é passageira, ligeira.


Viva Zen, reflexões sobre o instante e o caminho (Publifolha 2004) é o primeiro livro da Monja Coen. Viver Zen ensina a mestra, “não é só ficar bem”. É um modo de começar a mudar, de recontar a história aproveitando cada instante. “Mudar o mundo ternamente requer viver zen”. Monja Coen Sensei é missionária oficial da tradição Soto Shu Zen-budismo, com sede no Japão, e é a Primaz-Fundadora da Comunidade Zen-budista, criada em 2001, com sede no Pacaembu, bairro de São Paulo.

Ofereço este texto extraído do livro Viva Zen à todos que buscam a evolução física e espiritual.
“Um viajante solitário caminhava por entre as curvas de uma trilha nas montanhas quando ouviu um som estranho às suas costas. Virou-se. Um tigre feroz corria em sua direção. O viajante disparou numa corrida sem saber para onde ia. Parou em um precipício pensando que ali terminaria sua vida.

Oh! Graças. Havia um cipó. Pendurou-se no meio do abismo, escapando da boca do tigre. Logo notou que as mãos eram fracas e não suportariam por muito tempo o peso de seu corpo. Olhou para baixo: havia uma enorme cobra esticando a língua. Tentou encontrar apoio na rocha para se escorar. Havia quatro serpentes menores. Tremendo e assustado, olhou para cima: dois ratos, um branco e outro preto roíam o cipó no qual se prendia.

Tremia o viajante, tremia e tremia. Foi nesse instante que, de uma colméia a cerca de dois metros acima, caiu uma gota de mel em sua boca entreaberta. Esqueceu-se de tudo, do perigo, da morte. Ficou embriagado por uma gotinha de sorte:

Ah! Como é doce.

Esse é um conto budista da Índia antiga. Explica que o viajante é o ser humano. A trilha na montanha é a vida. Vamos caminhando despreocupados. No entanto, persegue-nos um tigre esfomeado.

O tigre é o carma, lei inexorável de causa e efeito, de ações, condições e resultados...O que nós fizemos, mesmo lá no passado, nos persegue e pode nos devorar...Não apenas cada um de nós, mas há o que se chama de carma coletivo.

Buda recomendava aos monges que meditassem para se livrar do apego aos sentidos. A vida é passageira, ligeira. Não percam tempo, despertem. Sem fugir do carma, consertem, que jeito ainda tem. Arrependam-se e acertem-se. Compreendendo, ouvindo e respeitando as pessoas.

Cada um de nós tem de refazer o voto de ser todo o bem. Crie um tigre manso, brincalhão, que se joga no chão com as patas para cima pedindo apenas um afago “.

Wanderlei de Oliveira

terça-feira, 22 de julho de 2008

O prazer de viver


Na entrevista do maître maratonista Oswaldo Silveira concedida ao programa “Ciranda da Vida” onde a entrevistadora, uma psicóloga lhe perguntou qual sua fonte de inspiração? Sem titubear o senhor Oswaldo respondeu “o prazer de viver”, “ter perspectiva de vida” e “viver com qualidade”, “servir ao próximo”. Sábias palavras desse filósofo que sabe realmente viver a vida, que em oito participações dos 10 K da Tribuna em Santos, considerada a prova mais rápida do Brasil, foi o vencedor por cinco vezes e chegou na segunda colocação nas outras três.
Uma excelente média para um homem de 78 anos que não se sente satisfeito por ter completado a última edição dos 10 K em 50 minutos. “Podia ter ido melhor se não me atrapalhasse na largada” afirmou ao término da prova. Em novembro de 2007 foi o segundo colocado na Maratona de Nova York com direito a homenagem do Clube de Corredores de Nova York – NYRRC.

Estou melhorando a cada ano

É interessante ouvir isso de um jovem atleta que acaba de completar 20 anos de treinos ininterruptos. A cada dois meses ele participa de competições de 5.000 metros ou do time-trial de 5 K. Em março do ano passado, ele completava a distância em 22min26seg. Um ano depois no dia 16 de março concluía em 21min39seg e apenas quatro meses após no dia 07 de julho estabelecia em treino seu melhor resultado em 20min59seg. A idade deste jovem, hoje é de 67 anos. Se alguém lhe perguntar qual o seu nome, ele diz: Paulo, por economia. Para os amigos do atletismo é o popular “Dodô”. Seu verdadeiro nome é Valdomiro Paulo Cocato.

Corri bem, mesmo no calor de 42 graus!

Em tempo das festividades dos 100 anos de imigração dos japoneses no Brasil, uma nissei é o símbolo desse povo de garra, determinação, disciplina. A famosa Mítico Nakatani, campeã do mundo na maratona (42.195 metros), recordista brasileira em várias provas é um exemplo de persistência. No 14º. Campeonato Brasileiro de Atletismo Máster realizado de 17 a 19 de julho na Vila Olímpica de Manaus, no Amazonas, nem o intenso calor de 42 graus e problemas intestinais a impediram de correr os 10 mil metros em pista para 65 minutos, os 8 quilômetros de cross-country com direito a pular valas e subir morros com o tempo de 43 minutos e para fechar com chave de ouro os 3 quilômetros de marcha atlética em 21 minutos. Em todas as provas ela conquistou a medalha de ouro e o título de Campeã Brasileira Máster.

Esses atletas são exemplos de que com um trabalho sério, planejado, organizado – é possível evoluir sempre com saúde e qualidade de vida.

Wanderlei de Oliveira

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Acabe com a depressão...


Correndo!
O estresse diário tem levado cada vez mais pessoas ao estado clínico de depressão (abatimento, tristeza, melancolia) e conseqüentemente a ingerirem grandes quantidades de antidepressivos que acabam afetando outros órgãos do corpo causando novas doenças.
Pesquisas apresentadas na 55a. edição do American College Sport of Medicine (Colégio Americano de Medicina Esportiva) realizada em Indianápolis, Indiana nos Estados Unidos de 28 a 31 de maio deste ano, demonstraram que a corrida pode acabar com a depressão.
Os cientistas acompanharam vários grupos, os que tomavam remédio e os que praticavam exercícios aeróbios (corrida) cinco vezes por semana com intensidades de média a forte. Os resultados apresentados demonstraram que o grupo de corredores se recuperaram mais rápido e ao final do estudo se sentiam com mais energia, entusiasmo e nova perspectiva de vida.
Mas cuidado, não vai sair por aí correndo feito um louco. Procure o seu médico, faça uma bateria de exames laboratoriais, ortopédico, dentário, oftalmológico e principalmente o teste ergométrico para saber como seu coração reage ao esforço físico. Com os exames na mão e o atestado médico comprovando que esta apto para a pratica esportiva, vá a um Clube de Corredores ou Federação de Atletismo de sua cidade e peça a indicação de um profissional com experiência comprovada em orientar praticantes de corrida de rua.

A corrida é um santo remédio!

Wanderlei de Oliveira

terça-feira, 8 de julho de 2008

Pratique a corrida com segurança



A corrida de rua é uma das modalidades do atletismo que mais cresce no mundo, e não é por ser qualificada como tal que tem que ser praticada somente na rua.

Todo e qualquer esporte deve ser praticado com segurança para que traga benefícios para a saúde do praticante.

Atualmente, no mundo existe milhões de corredores que participam das provas pedestres nas mais variadas distâncias, diversas associações de corredores, e empresas de organização de eventos esportivos que reúne em muitas das competições, um público de até 100 mil corredores, como é o caso de uma prova de 12 K realizada anualmente em São Francisco, nos Estados Unidos.

Agora que esta chegando a corrida mais popular de nosso país, é comum vermos pelas ruas (literalmente na rua) vários corredores desafiando o espaço com os carros, ônibus e motos.

O corredor é um alvo fácil para os motoristas, que as vezes nem sequer percebe ao seu lado uma moto, ou ciclista, que dirá um pedestre desprotegido.

Seguindo os conselhos da engenharia de tráfico, as vias públicas são destinadas para veículos automotores (extremamente correto) e, os pedestres quando tem a necessidade de cruzar estas vias, devem se utilizar das faixas exclusivas para pedestres (evitando possíveis atropelamentos).

Hoje em São Paulo, morrem mais de 10 pessoas atropeladas por dia (você não quer fazer parte desta estatística), procure correr em locais que ofereçam segurança: como parques, centros esportivos, à beira mar (desde que a praia seja plana e não inclinada para evitar lesões nos joelhos e coluna).

Para se tornar um excelente correr de provas pedestres, não é necessário treinar todos os dias nas ruas, vejam por exemplo o queniano Paul Tergat, ex-recordista mundial da maratona e pentacampeão da São Silvestre (1995, 1996, 1998, 1999 e 2000), a maioria de seus treinos são realizados em trilhas na floresta e pista de atletismo (os treinos específicos de velocidade), em rua sua participação se restringe somente as competições.

Outro exemplo é o mexicano naturalizado americano e bi-campeão da São Silvestre Arturo Barrios (1990 e 1991), que mora e treina em Bolder no Colorado, uma região montanhosa que favorece na preparação de atletas de longa distância. Arturo Barrios era um especialista em corridas de rua, que se tornou recordista mundial dos 10 mil metros em pista, com o tempo de 27min08, média de 2min43 por quilometro.

Siga o exemplo destes campeões, faça da corrida um esporte seguro.

Wanderlei de Oliveira

segunda-feira, 7 de julho de 2008

TEMPO RUN - 5 K


Método moderno de treinamento, onde se estabelece a distância a ser percorrida e os tempos de passagens por quilometro.
Exemplo: 5 K de forma contínua (sem paradas).
É um excelente treino para se trabalhar com monitor cardíaco como auxílio no controle da freqüência cardíaca e ritmo de corrida.

CORRA COM O RELÓGIO NAS PERNAS
Esta expressão do famoso técnico português, Mário Moniz Pereira (técnico de Carlos Lopes, campeão e recordista olímpico com 2h09min e Fernando Mamede, ex-recordista mundial dos 10.000 metros), simboliza bem o sentido exato de se ter a noção do ritmo que se pretende desenvolver em uma prova.

AVALIE SEU CONDICIONAMENTO FÍSICO
O melhor indicativo de sua atual condição física: - sempre será o seu desempenho nos treinos.
Observe o seu comportamento no TEMPO RUN de 5 K.
· Os primeiros 2.5 K tem que ser igual ou mais rápido (no máximo 30 segundos) em relação a segunda metade.
· Se você iniciar muito rápido, corre o risco de parar nos próximos quilômetros.
· Caso esteja correndo mais rápido em treino (tempo real) do que nas provas, é sinal de que esta fazendo algo errado (verifique o tempo estipulado e consulte seu técnico).
Conduza o seu treino com inteligência caso esteja correndo em temperaturas altas e umidade relativa do ar superior a 80%, fatores determinantes para uma possível queda no rendimento.

Wanderlei de Oliveira

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Apagão aéreo


Cada hora inventam um apagão, agora foi a vez da internet.

A crise em que vivem as companhias aéreas geraram sérios transtornos as pessoas que precisam desse tipo de transporte para negócios, viagens e lazer.

Perde-se muito tempo nos aeroportos.

Certa ocasião, quando isto não era comum. Fui obrigado a fazer um pouso forçado no aeroporto de Miami, nos Estados Unidos. Ao ser informado que ficaríamos mais de 3 horas parado, como bom corredor, sempre carrego uma mochila com tudo que é necessário para o treino.

Tinha calculado que ao chegar ao destino, daria tempo para correr em algum parque próximo ao hotel. Com a parada que não estava programada, chegaria somente à noite. Para não perder o dia de treino, fui até a polícia federal e perguntei se poderia correr dentro do aeroporto. Disseram que não. Aí fiz outra pergunta, e lá fora? Pode. Mas não cruze a pista de pouso e decolagem. Ok.

Em todos os aeroportos há locais para guarda volume e chuveiro. Deixei a mochila guardada e fui correr na pista.

Como ia demorar muito corri 90 minutos.

Foi uma sensação diferente, ver os aviões bem próximos. Ficava imaginando o que os passageiros deveriam estar pensando ao ver pela janela um sujeito correndo próximo à pista. Será que ele acha que pode voar.

Terminei tranqüilo. Alonguei. Tomei banho. E ainda deu tempo para um lanche antes de embarcar em nova aeronave.

Em todas as viagens internacionais, 48 horas antes, costumo pedir um cardápio especial para maratonista: - massa, verduras, frutas e sucos. A digestão é mais rápida e dá para tirar uma soneca. O bom disso é que você sempre é servido primeiro e os outros passageiros ficam pensando que você é um doente e requer atenção especial. Somos todos especiais. Só que poucos sabem disso. É um direito de todo passageiro.

Na crise aérea ou da internet, consulte sempre um corredor.

Wanderlei de Oliveira

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Atletismo Fashion Week

Há poucos dias na capital de São Paulo aconteceu uma das mais badaladas festas da moda internacional: - a São Paulo Fashion Week. Várias grifes famosas cada uma com sua top model, que desfilaram na passarela montada no Parque do Ibirapuera. Ao lado, na pista de atletismo do Conjunto Desportivo Constäncio Vaz Guimarães outros artistas, com os corpos mais definidos, exibiram as novas tendências do mundo esportivo no 27o. Troféu Brasil Caixa de Atletismo, organizado pela CBAt - Confederação Brasileira de Atletismo e pela FPA - Federação Paulista de Atletismo. O que chamou a atenção dos espectadores foram estas sapatilhas coloridas usadas para a prova dos 100 metros rasos. A foto é da jornalista e maratonista Fernanda Paradizo. Para cada tipo de prova, existe uma sapatilha especial. Os corredores de 800 e 1.500 metros usam as sapatilhas com uma proteção no calcâneo e pregos de 4 a 6 milímetros na frente e no máximo 6 pregos em cada sapatilha, normalmente são 4. Os velocistas, da foto que ilustra este blog, tem 6 pregos de 6 à 9 milímetros em cada sapatilha. Já os lançadores de dardo, usam uma bota especial com pregos na frente e atrás para evitar um escorregão na hora de frear o movimento para o lançamento do dardo. Isto se a pista de atletismo for de tartã, marterial sintético especial utilizado nas principais competições internacionais. Como existem muitas pistas no interior de São Paulo e do Brasil de carvão, terra, areia, os pregos utilizados são bem maiores para que possam ser bem fixados nesse tipo de piso.Quanto as roupas, as fotos da Fernanda dizem tudo.As nossas principais estrelas, Maurren Maggi com 6m99 no salto em distância e a Fabiana Muher que estabeleceu novo recorde sulamericando de 4m80 para o salto com vara, provaram que "fashion" foram os resultados.

Wanderlei de Oliveira

terça-feira, 1 de julho de 2008

Gabrielle Andersen - Los Angeles 84


Sem dúvida um dos melhores Jogos Olímpicos de todos os tempos.

Vários fatos se tornaram memoráveis na maratona.

O português Carlos Lopes poucos dias antes de embarcar para Los Angeles nos Estados Unidos, foi atropelado próximo ao Estádio José Alvalade. Ele saiu da pista de atletismo do estádio em direção a uma quinta (bosque) que ficava à cerca de 2 quilômetros. Ao cruzar a rua antes de entrar no bosque foi atropelado por um carro. Como bom português, brigou com o sujeito que pediu mil desculpas quando viu quem era. Lopes é um ídolo em Portugal. Também não é para menos, foi tri-campeão mundial de cross-country (76, 84, 85) corta-mato para os portugueses. Recordista Mundial da Maratona em Roterdã com 2h07min12. Bi-campeão da São Silvestre (82, 84), ainda é dele o recorde da maratona olímpica com 2h09min em Los Angeles 84. A temperatura nesse dia era de mais de 28 graus. Lopes correu até o quilometro 37 no segundo pelotão, somente assumiu a liderança nos últimos 5 K, para vencer com um tempo abaixo dos 15 minutos. Ele estava com 37 anos.

A primeira maratona olímpica feminina foi realizada em 1984, em Los Angeles, e a vencedora foi à norte-americana, Joan Benoit Samuelson. com 2h24min52. No dia 16 de maio ela completou 51 anos e continua correndo. Dezessete dias antes da maratona olímpica, Benoit fez uma cirurgia no joelho e se recuperou fazendo o deep-running (corrida na piscina com flutuador sem impacto).
Mais o fato que mais chamou atenção do mundo foi à chegada da suíça Gabrielle Andersen-Scheiss, na época com 37 anos. Devido ao forte calor, ela se desidratou, porém por ser uma atleta experiente, os médicos a acompanharam até cruzar a linha de chegada na 37a. colocação com 2h48min42. Muitos acham que ela foi a última, mais não. Logo depois veio a Eleonora Mendonça única representando do Brasil. Aí sim, vieram várias outras mulheres com tempos acima das 3 horas. Gabrielle no dia 20 de março fez 63 anos, continua correndo nos Estados Unidos onde mora. Até os Jogos Olímpicos de Los Angeles era instrutora de esqui na Suíça, após seu sucesso na maratona foi convidada para trabalhar em Idaho nos EUA.

Wanderlei de Oliveira